Os que me rodeiam sabem bem a admiração que tenho (tinha) por Fábio Coentrão.
Enquanto jogador não tenho dúvidas da sua qualidade, já quanto ao seu Benfiquismo, uma parte de mim quer (queria) acreditar que era sincero, até porque me custa a acreditar que alguém não o seja.
No entanto, o que se tem passado nos últimos dias não me admira e atira por terra toda e qualquer esperança que o Fábio fosse mais um dos que vive este clube com paixão.
Tal como já afirmei num post anterior, o mundo do futebol há muito que deixou os adeptos e a sua paixão pelos clubes de parte. Hoje, na sua grande maioria, o que conta é a carreira que pretendem construir. É assim com os jogadores, é assim com técnicos, é assim com quase todos deste mundo.
Felizmente ainda existem excepções e são essas que nos fazem continuar a acreditar naqueles que não a são, como se delas se tratassem realmente.
Fábio, foi mais uma excepção que ficou por confirmar, apesar de me ter feito sonhar com isso.
Lamento por ele e pela formação que demonstra.
Acredito que tenha assinado o contracto de boa-fé, pelo que só tem que cumpri-lo com rigor e profissionalismo.
No entanto, se é seu sonho jogar no Real, por mim tudo bem. Muito obrigado pelo seu profissionalismo em campo, pelas alegrias e pela qualidade de futebol com que nos brindou.
Se o Real, clube que idolatra, não lhe reconhece valor suficiente para pagar a cláusula, como Fábio tem um contracto a cumprir, só resta uma hipótese, pagar para ser feliz.
Pague o Fábio do seu bolso a diferença. Certamente que o SLBenfica não se importará nada com isso.
Fábio, não te reservo qualquer rancor, apenas desilusão.
Mudando de assunto.
Sempre que se monta o circo, os palhaços aparecem. Desta vez não foi excepção. Joaquim Evangelista fez o número do palhaço pobre.
Será falta de protagonismo ou uma séria tendência para o protagonismo dos ridículos? Não sei!
Não sei se Joaquim Evangelista tem andado atento, mas foi sempre discurso do Benfica a vontade de manter Fábio Coentrão no plantel.
Esta, mais do que uma questão jurídica, é uma questão de idoneidade, de ética e moral. Uma coisa é certa, Fábio Coentrão é atleta do Sport Lisboa e Benfica, com contracto válido, pelo que lhe deve lealdade.
Tudo o que seja contrário a uma postura ética e moralmente correcta deve ser reprovada.
O que Fábio tem feito, mais não é que usar o seu descontentamento para conduzir as partes a um entendimento forçado, com reconhecido prejuízo para o Benfica, convidando o Benfica a abrir mão dos 30 milhões.
Se para Joaquim Evangelista isto não é atentatório dos interesses do Benfica, o que será?
Sem comentários:
Enviar um comentário